segunda-feira, 25 de março de 2013



País (só) do Futebol


Que somos a pátria de chuteiras todo mundo sabe. Porém precisamos ser só ela? Enquanto o milionário futebol, com seus exorbitantes patrocínios é em todo momento exposto nas mídias, os outros esportes, que sobrevivem sem patrocínio, tem pouquíssima divulgação, que ocorre somente em feitos considerados extraordinários, como uma medalha olímpica ou um título mundial.
Um claro exemplo é o vôlei: o Brasil é um dos melhores do mundo no esporte, e a divulgação nas grandes redes é minúscula. A detentora dos direitos da Liga Nacional o repassa para canais de televisão fechada e transmite apenas as partidas decisivas. Isso também ocorre com o basquete, onde somente o Final de Semana das Estrelas é transmitido.
Além de pouca divulgação, os atletas sofrem com dificuldades para treinar: ginastas da seleção, como Diego Hypólito e Jade Barbosa, que treinavam no Clube de Regatas do Flamengo, perderam o contrato, e agora não sabem o que fazer. A medalhista olímpica no salto em distância Maurren Maggi passou a treinar no Centro Esportivo do Exército, no Rio de Janeiro, pois o seu antigo local de treinamento, o Estádio Célio de Barros foi demolido em função das obras para a Copa do Mundo de 2014.
Essa é a situação de muitos atletas da próxima sede dos Jogos Olímpicos em 2016, que, com precárias condições para treinar, tem resultados prejudicados ou até mesmo desistem de competir por isso. É preciso atenção de todos os setores da sociedade para os outros esportes, ofuscados pelo brilho merecido que tem o futebol. Porém, a prosperidade de um não justifica a perda de outro.
Maggi recebendo o prémio máximo na Olimpíada de 2008

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